Guia do estilo escandinavo: tudo o que precisa de saber

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
Crespià, Dröm Living Dröm Living Comedores de estilo escandinavo
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Muitos lugares do mundo apresentam arquitecturas únicas. A Islândia, a Dinamarca, a Finlândia e a Noruega partilham, para além das gélidas temperaturas, um estilo decorativo muito singular. É, quem sabe, por causa do frio e para compensar a pouca luz natural que estes países nórdicos decidem iluminar o interior das suas casas enchendo-os de cores pálidas e brilhantes.

O certo é que os seus simpáticos e claros ambientes, com móveis em madeira e engenhosas linhas trabalhadas, com materiais nobres e peças acolhedoras, convidam-nos a desfrutar do espaço e a apaixonarmo-nos por todos os seus detalhes.

Uma casa escandinava não é, ao contrário do que muitos podem pensar, uma rústica casa de campo, nem uma casa minimalista ou industrial. Neste guia, conheceremos os elementos característicos de um estilo muito prático e actual.

O estilo no tempo

Antes de começar a explicar o que define uma casa de estilo escandinavo, devemos entender que, como muitas outras classes decorativas jovens, algumas tendências podem variar pelo que, por exemplo um tapete de desenho em “ziguezague” ou “chevron” pode estar em moda hoje e amanhã ter desaparecido.

Se compararmos o escandinavo com o francês perceberemos que o último tem centenas de anos como estilo e que as suas formas e linhas bem definidas ultrapassam todas as modas. Por algum motivo chamam a este último de clássico. Só o tempo dirá quais as coisas que são verdadeiramente próprias do estilo escandinavo e quais as características que se afirmarão como definitivas e perdurarão ao longo dos tempos para lá de todas as modas e tendências.

A importância da luz

Uma das primeiras coisas que notamos, e aliás mencionámos na introdução, foi a importância da luz. Já que os países nórdicos têm pouca iluminação natural, os artistas optam pela claridade e amplitude dos espaços criada por tons mais claros e menos saturados. Como conceito universal, sabemos que pintando todas as paredes, tectos e pisos da mesma cor, estamos a apagar as barreira virtuais que existem no espaço, reforçando assim a continuidade espacial. Este é um efeito muito desejável dentro do manual do design escandinavo.

Em muitos espaços, não só encontramos brancos, neutros ou cinzentos nas paredes e tectos, como encontramos também pisos de madeira que se adaptam às cores fazendo reflectir e espelhar mais a luz e aumentando a sensação de espaço.

O uso da cor

Se o branco é a referência na paleta cromática deste estilo, também os cinzentos claros e as cores pastel na gama do rosa, azul, verde e laranja são bastante aceites. As combinações de cores, como por exemplo o cinzento e amarelo, são recomendadas, uma vez que o pequeno toque de uma cor quente se destaca do frio e neutro criando agradáveis contrastes. O uso das cores mais vivas e/ou quentes destina-se, principalmente, aos detalhes decorativos, como candeeiros, almofadas ou algumas peças de mobiliário de tamanho reduzido. Já o negro pode, por sua vez, ser usado em cadeiras, poltronas e outros móveis de maior destaque e protagonismo no espaço.

As madeiras claras, abundantes nas florestas do norte da Europa, são as eleitas para transmitir conforto e aconchego aos pisos, às vigas e ao mobiliário. A combinação deste material com outras cores é sempre bem vinda e tem efeitos muito positivos na decoração.

Simplicidade absoluta

Um espaço escandinavo não é aborrecido só por não contar com uma ampla paleta de cores e pomposos detalhes arquitectónicos. A sua simplicidade destaca-se dos outros estilos e tem o condão de transformar o prático em agradável. Esta é possivelmente, a par do modernismo, a tendência decorativa mais bem aceite dos últimos anos, especialmente entre pessoas mais jovens cujas casas nem sempre são tão generosas em tamanho e necessitam, por isso mesmo, de maior sagacidade e inteligência decorativa para cobrir todas as necessidades.

Organização

homify Cuartos de estilo escandinavo

De mãos dadas com a simplicidade, chegam os armários onde tudo deve ter o seu lugar. Uma das características deste estilo é manter a casa sempre arrumada e organizada. Cada recanto da casa deve servir o propósito de armazenamento, seja aproveitando nichos nas paredes, a dupla altura, uma estante por cima das portas ou um armário por baixo das escadas. Não é uma solução cara e representa um enorme beneficio para a nossa casa e o nosso bem-estar.

Chão

Raramente vemos tapetes que ocupam todo o piso em espaços decorados dentro de estilo e, apesar do tapete poder delimitar e dar conforto ao ambiente, as casas escandinavas aproveitam a madeira como material de referência para “vestir” os seus pisos. Esta deve ser protegida e pode ser mantida na sua cor de origem ou, por outro lado, pintada de branco, cinzento ou preto, deixando sempre que se note a textura e as imperfeições originais.

Mobiliário

Existem muitos tipos de móveis que pertencem a este estilo e que se tornaram populares a partir da segunda metade do século passado.

Hans Wegner, Alvar Aalto e Arne Jacobsen são alguns dos mais famosos designers do estilo escandinavo da sua geração. Os seus característicos móveis de madeira, e as suas orgânicas e experimentais formas têm tanto de confortável como de escultural e belo.

Hoje em dia, grandes marcas como o IKEA, marcam uma tendência dentro deste estilo, ditando e fazendo enraizar tendências a preços bastante acessíveis. Dentro do mercado mais tradicional, encontramos uma variada oferta de mobiliário de influencia nórdica, com peças de grande beleza, resistência e qualidade. Um dos exemplos é a Casa Feten.

Belos por dentro e por fora

Este artigo tenta explicar a relação entre o sustentável e o design. Já que muitos destes espaços são naturais e orgânicos, é importante para o estilo escandinavo manter-se alerta e em contacto com as regras do eco-friendly. Não estamos a falar apenas do uso de recursos inteligentes, mas também de casas sustentáveis e com isolamentos térmicos adequados ao espaço.

Por sua vez, a conexão entre o interior e o exterior destas casas está presente através das grandes janelas que caracterizam o estilo e que são pensadas para captar a maior quantidade de luz natural possível. As janelas apresentam muitas vezes cortinas simples e sem qualquer tipo de detalhes decorativos. Só existem para isolar um pouco de luz, quando é necessário e quando a temperatura do espaço permite.

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