Projecto de remodelação: as memórias recuperadas

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Casa Perafita, Pedro Miguel Santos, arquitecto Pedro Miguel Santos, arquitecto
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Imagina recuperar uma antiga casa de família, talvez dos seus avós, e prolongar memórias antigas? Se for esse o caso, vai adorar o antes&depois do projecto que hoje lhe mostramos. A intervenção ficou a cargo do jovem arquitecto Pedro Miguel Santos – natural de Penafiel e formado em Arquitectura em 2012 pela Universidade Lusíada do Porto – o mesmo ano em que funda o seu próprio gabinete em Penafiel, onde tem vindo a construir e a desenvolver vários projectos práticos e teóricos. Este é o primeiro de muitos projectos do arquitecto aqui na homify. Assim que conhecer este, vai morrer de curiosidade para chegarem novos projectos!

Antes: Estado de degradação

Para começar, mostramos-lhe primeiro esta fotografia do estado da construção na fase anterior ao projecto de recuperação. O projeto localiza-se no concelho de Penafiel e reutiliza as paredes de granito de uma pequena casa vernacular, inserida num conjunto de outras estruturas domésticas e tradicionais como curral, cozinha, eira e espigueiro.

Depois: Conservação

O projecto possui um carácter submisso na abordagem às estruturas vernaculares pré-existentes, sendo as principais intervenções ao nível exterior, parte de um processo de estabilização e regularização das estruturas de acesso e do alpendre da habitação principal.

Deste modo, cumpre-se a preservação do carácter original da casa, o qual é essencial para para a sua homogeneização no conjunto de estruturas.

Nova organização

A proposta para a habitação de 98m2 possui um programa divido pelos dois pisos que inclui sala / kitchenette no primeiro, e três quartos e uma instalação sanitária com um espaço complementar para banhos no segundo. Os dois pisos são ligados por uma escada interior de lanço único no sentido longitudinal do edifício. A área social ocupa o piso térreo, enquanto três quartos e casa de banho localizam-se no piso superior.

Materialidades transversais

Aproveitando a necessidade de utilizar isolamento térmico pelo interior (devido à intenção de manter a pedra original aparente pelo exterior), optou-se por intercalar o uso de gesso cartonado pelo interior com painéis de contraplacado marítimo folheado a madeira.

Devido à intenção de manter o granito exterior exposto, foi necessário colocar o isolamento térmico numa camada interior. Para ocultar este elemento variamos a utilização de paredes brancas, com contraplacado marítimo folheado a bétula no piso térreo, e utilizamos exclusivamente este último material no piso superior.

Interiores confortáveis

O uso deste material torna a ambiência interior mais confortável, e assume especial destaque no interior dos quartos, pois estes são de pequena área e carecem de um material menos impositivo que o típico estanhado branco. Foram também deixadas expostas no interior, partes do granito original e que se aproximam dos tons da madeira utilizada.

Relação com o exterior

Esta lógica de materiais prolonga-se para o interior do salão no anexo a Norte da habitação. Aqui o contraplacado marítimo reveste paredes e tecto, contrastando com a superfície fria de vidro que enquadra o maciço rochoso adjacente ao anexo. Este afastamento do salão e consequente emolduramento do maciço granítico, evita futuros problemas de infiltrações e ao mesmo tempo destaca ainda mais, a sua relação com o mesmo.

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